Raposa no galinheiro
Raposa no galinheiro
O Brasil como todos nós sabemos, é como um bolo grande, fatiado e distribuído às fatias maiores, para os partidos que formam a maior aliança do governo. Os políticos assim como os traficantes, têm suas áreas de atuação demarcada, cada um manda em uma determinada região.
O hoje todo poderoso ministro da agricultura Wagner Rossi, formou-se em Direito, tornando-se Mestre em Educação e PH em Administração, nas respeitosas Universidades USP e UNICAMP. Residia numa casa de classe média, tinha uma Kombi, uma Belina e Fusca laranja, como patrimônio pessoal e lecionava, pois era um simples professor universitário.
Como diz um velho ditado: “Um homem não precisa de dinheiro, precisa de contatos.” E isso ele tinha e tem de sobra, amigo há cinqüenta anos do vice-presidente da República, Michel Temer, foi indicado pelo próprio Michel Temer para assumir uma das pastas mais ricas e cobiçadas, a do Ministério da Agricultura.
Não tinha dinheiro para bancar a sua tão almejada candidatura para Deputado Estadual, de repente foi Deputado Estadual por dois mandatos e três como Deputado Federal. Quando foi presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) indicado por quem? Pelo próprio Michel Temer, foi a sua primeira indicação, ficou sabendo que as empresas contratadas pelo Porto de Santos tinham uma dívida milionária de 126 milhões de reais com a Previdência. O que ele fez? Pagou a dívida milionária com dinheiro público, quero dizer dinheiro do povo, o nosso dinheiro, para ser ressarcido mais tarde, só que alguns contribuintes, viraram o jogo, recorreram à justiça e hoje o Wagner Rossi, figura como réu numa ação popular na Justiça Federal de Santos. A denúncia por “Administração temerária, conduta suspeita e má fé” foram apresentadas em 2001 ao Ministério Público Federal do hoje aliado PT.
Em 2005, seis anos depois do acordo, a CODESP havia recebido míseros 20.000 reais dos 126 milhões de reais. O Procurador da República André Stefani Bertuol disse: “O comportamento da União ao” assumir tamanha dívida pode ser considerado ilegal e, seguramente, imoral, uma vez que ofende as boas regras da administração, dos princípios de justiça e da idéia comum de honestidade: “E o pior é que tudo foi feito às escondidas.”.
Wagner Rossi é um homem de sorte, mas não muita. Seu processo como réu ficou arquivado por nove anos, mas foi reaberto por decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo em outubro de 2010, em julho deste ano a justiça intimou Wagner Rossi para contestar a ação, segundo o ministro, o acordo não causou nenhum prejuízo aos cofres públicos.
No fim de 2007, como presidente da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) doou 100 toneladas de feijão à prefeitura de João Pessoa, comandada por Ricardo Coutinho, do PSB, hoje Governador da Paraíba.
O feijão era para ser distribuído entre famílias de baixa renda. Visando o ano eleitoral de 2008, a prefeitura guardou todo o estoque, e o prefeito queria se reeleger de qualquer maneira. Só que um funcionário da CONAB na Paraíba há 27 anos, Walter Bastos de Souza, descobriu a mercadoria escondida e resolveu denunciar. Em abril de 2008, telefonou para a sede da Companhia, em Brasília e conseguiu falar com o presidente. Advinham quem era? Wagner Rossi prometeu que tomaria as providências necessárias, o mesmo jus salivandi (171). O funcionário tinha certeza que a mercadoria poderia desaparecer de uma hora para outra, a mercadoria doada pelo governo federal, seria usada na campanha eleitoral como moeda de troca por votos. Ele resolveu então, alertar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Mas a Prefeitura, para evitar o flagrante, sumiu com a prova. Resultado: 8 toneladas do produto que estavam num dos armazéns da prefeitura acabaram no lixo, levado em caminhões da prefeitura, o feijão foi despejado no aterro sanitário de João Pessoa. Num país que o próprio governo assume que existem 16 milhões de miseráveis, que ganham menos de 70 reais por mês, e que não tem sequer um prato de feijão à mesa.
Walter Bastos foi afastado por dezesseis dias e até hoje responde a processo sob o argumento de que expôs a imagem CONAB publicamente. “Denunciei ao próprio Wagner Rossi a irregularidade e fui punido por isso.” Afirmou um funcionário.
Num momento de sinceridade, o ex – presidente da CONAB, Alexandre Magno Franco de Aguiar, que sucedeu à Rossi na empresa e hoje é seu assessor especial no Ministério da Agricultura, confessou a Veja que o próprio Rossi usou o expediente de distribuir alimentos para obter votos, inclusive para favorecer eleitoralmente o filho, Baleia Rossi, Deputado Estadual e presidente do diretório do PMDB de São Paulo. Wagner Rossi foi nomeado por Lula em março de 2010, mais um problemático ministro que a presidente Dilma herdou do seu antecessor. A Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura estava reunida para abrir as propostas técnicas de quatro empresas, quando um deles disse, que tudo ali já era cartas marcadas, e estava acertado o pagamento de 2 milhões reais ao 8º andar, justamente o andar onde fica o gabinete do ministro.
O presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, iria pôr na ata as denúncias, quando foi chamado por Karla Carvalho, coordenadora de logística do ministério, disse para o Israel não pôr nada na ata e muito menos relatar para a Polícia Federal. Em pouco tempo, Karla Carvalho passou a ser chefe de gabinete da poderosa secretária executiva do Ministério da Agricultura. Karla trabalhava diretamente com o número 2 da pasta, o famoso Milton Ortolan, braço direito de Wagner Rossi há 25 anos que acabou sendo demitido depois que a bomba estourou.
Segundo revista Veja, tinha amizade forte com o lobista Júlio Fróes, que tinha um passado criminoso, ele foi preso pela Polícia Federal em 1992 por tráfico de cocaína.
Tudo isso aconteceu na capital federal das maracutaias (Brasília), sede dos corruptos e que nem sempre são punidos como acontece diariamente nesse nosso Brasil. Existem hoje no Brasil 350 mil ONGS, sendo que menos 1% não está envolvida em escândalos, a maioria está sendo processada pelo MPF, e o governo mesmo sabendo dos escândalos continua liberando dinheiro para essas ONGS. Quase todos os Ministérios estão contaminados pela corrupção, herdada do antigo governo de Lula.
Como dizia o grande Leonardo Da Vinci:
“Quem não castiga o mal, ordena que ele se faça”.
Alessandro Barreto.
O Brasil como todos nós sabemos, é como um bolo grande, fatiado e distribuído às fatias maiores, para os partidos que formam a maior aliança do governo. Os políticos assim como os traficantes, têm suas áreas de atuação demarcada, cada um manda em uma determinada região.
O hoje todo poderoso ministro da agricultura Wagner Rossi, formou-se em Direito, tornando-se Mestre em Educação e PH em Administração, nas respeitosas Universidades USP e UNICAMP. Residia numa casa de classe média, tinha uma Kombi, uma Belina e Fusca laranja, como patrimônio pessoal e lecionava, pois era um simples professor universitário.
Como diz um velho ditado: “Um homem não precisa de dinheiro, precisa de contatos.” E isso ele tinha e tem de sobra, amigo há cinqüenta anos do vice-presidente da República, Michel Temer, foi indicado pelo próprio Michel Temer para assumir uma das pastas mais ricas e cobiçadas, a do Ministério da Agricultura.
Não tinha dinheiro para bancar a sua tão almejada candidatura para Deputado Estadual, de repente foi Deputado Estadual por dois mandatos e três como Deputado Federal. Quando foi presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) indicado por quem? Pelo próprio Michel Temer, foi a sua primeira indicação, ficou sabendo que as empresas contratadas pelo Porto de Santos tinham uma dívida milionária de 126 milhões de reais com a Previdência. O que ele fez? Pagou a dívida milionária com dinheiro público, quero dizer dinheiro do povo, o nosso dinheiro, para ser ressarcido mais tarde, só que alguns contribuintes, viraram o jogo, recorreram à justiça e hoje o Wagner Rossi, figura como réu numa ação popular na Justiça Federal de Santos. A denúncia por “Administração temerária, conduta suspeita e má fé” foram apresentadas em 2001 ao Ministério Público Federal do hoje aliado PT.
Em 2005, seis anos depois do acordo, a CODESP havia recebido míseros 20.000 reais dos 126 milhões de reais. O Procurador da República André Stefani Bertuol disse: “O comportamento da União ao” assumir tamanha dívida pode ser considerado ilegal e, seguramente, imoral, uma vez que ofende as boas regras da administração, dos princípios de justiça e da idéia comum de honestidade: “E o pior é que tudo foi feito às escondidas.”.
Wagner Rossi é um homem de sorte, mas não muita. Seu processo como réu ficou arquivado por nove anos, mas foi reaberto por decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo em outubro de 2010, em julho deste ano a justiça intimou Wagner Rossi para contestar a ação, segundo o ministro, o acordo não causou nenhum prejuízo aos cofres públicos.
No fim de 2007, como presidente da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) doou 100 toneladas de feijão à prefeitura de João Pessoa, comandada por Ricardo Coutinho, do PSB, hoje Governador da Paraíba.
O feijão era para ser distribuído entre famílias de baixa renda. Visando o ano eleitoral de 2008, a prefeitura guardou todo o estoque, e o prefeito queria se reeleger de qualquer maneira. Só que um funcionário da CONAB na Paraíba há 27 anos, Walter Bastos de Souza, descobriu a mercadoria escondida e resolveu denunciar. Em abril de 2008, telefonou para a sede da Companhia, em Brasília e conseguiu falar com o presidente. Advinham quem era? Wagner Rossi prometeu que tomaria as providências necessárias, o mesmo jus salivandi (171). O funcionário tinha certeza que a mercadoria poderia desaparecer de uma hora para outra, a mercadoria doada pelo governo federal, seria usada na campanha eleitoral como moeda de troca por votos. Ele resolveu então, alertar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Mas a Prefeitura, para evitar o flagrante, sumiu com a prova. Resultado: 8 toneladas do produto que estavam num dos armazéns da prefeitura acabaram no lixo, levado em caminhões da prefeitura, o feijão foi despejado no aterro sanitário de João Pessoa. Num país que o próprio governo assume que existem 16 milhões de miseráveis, que ganham menos de 70 reais por mês, e que não tem sequer um prato de feijão à mesa.
Walter Bastos foi afastado por dezesseis dias e até hoje responde a processo sob o argumento de que expôs a imagem CONAB publicamente. “Denunciei ao próprio Wagner Rossi a irregularidade e fui punido por isso.” Afirmou um funcionário.
Num momento de sinceridade, o ex – presidente da CONAB, Alexandre Magno Franco de Aguiar, que sucedeu à Rossi na empresa e hoje é seu assessor especial no Ministério da Agricultura, confessou a Veja que o próprio Rossi usou o expediente de distribuir alimentos para obter votos, inclusive para favorecer eleitoralmente o filho, Baleia Rossi, Deputado Estadual e presidente do diretório do PMDB de São Paulo. Wagner Rossi foi nomeado por Lula em março de 2010, mais um problemático ministro que a presidente Dilma herdou do seu antecessor. A Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura estava reunida para abrir as propostas técnicas de quatro empresas, quando um deles disse, que tudo ali já era cartas marcadas, e estava acertado o pagamento de 2 milhões reais ao 8º andar, justamente o andar onde fica o gabinete do ministro.
O presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, iria pôr na ata as denúncias, quando foi chamado por Karla Carvalho, coordenadora de logística do ministério, disse para o Israel não pôr nada na ata e muito menos relatar para a Polícia Federal. Em pouco tempo, Karla Carvalho passou a ser chefe de gabinete da poderosa secretária executiva do Ministério da Agricultura. Karla trabalhava diretamente com o número 2 da pasta, o famoso Milton Ortolan, braço direito de Wagner Rossi há 25 anos que acabou sendo demitido depois que a bomba estourou.
Segundo revista Veja, tinha amizade forte com o lobista Júlio Fróes, que tinha um passado criminoso, ele foi preso pela Polícia Federal em 1992 por tráfico de cocaína.
Tudo isso aconteceu na capital federal das maracutaias (Brasília), sede dos corruptos e que nem sempre são punidos como acontece diariamente nesse nosso Brasil. Existem hoje no Brasil 350 mil ONGS, sendo que menos 1% não está envolvida em escândalos, a maioria está sendo processada pelo MPF, e o governo mesmo sabendo dos escândalos continua liberando dinheiro para essas ONGS. Quase todos os Ministérios estão contaminados pela corrupção, herdada do antigo governo de Lula.
Como dizia o grande Leonardo Da Vinci:
“Quem não castiga o mal, ordena que ele se faça”.
Alessandro Barreto.