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sábado, 10 de dezembro de 2011

Raposa no galinheiro

Raposa no galinheiro

O Brasil como todos nós sabemos, é como um bolo grande, fatiado e distribuído às fatias maiores, para os partidos que formam a maior aliança do governo. Os políticos assim como os traficantes, têm suas áreas de atuação demarcada, cada um manda em uma determinada região.
O hoje todo poderoso ministro da agricultura Wagner Rossi, formou-se em Direito, tornando-se Mestre em Educação e PH em Administração, nas respeitosas Universidades USP e UNICAMP. Residia numa casa de classe média, tinha uma Kombi, uma Belina e Fusca laranja, como patrimônio pessoal e lecionava, pois era um simples professor universitário.
Como diz um velho ditado: “Um homem não precisa de dinheiro, precisa de contatos.” E isso ele tinha e tem de sobra, amigo há cinqüenta anos do vice-presidente da República, Michel Temer, foi indicado pelo próprio Michel Temer para assumir uma das pastas mais ricas e cobiçadas, a do Ministério da Agricultura.
Não tinha dinheiro para bancar a sua tão almejada candidatura para Deputado Estadual, de repente foi Deputado Estadual por dois mandatos e três como Deputado Federal. Quando foi presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) indicado por quem? Pelo próprio Michel Temer, foi a sua primeira indicação, ficou sabendo que as empresas contratadas pelo Porto de Santos tinham uma dívida milionária de 126 milhões de reais com a Previdência. O que ele fez? Pagou a dívida milionária com dinheiro público, quero dizer dinheiro do povo, o nosso dinheiro, para ser ressarcido mais tarde, só que alguns contribuintes, viraram o jogo, recorreram à justiça e hoje o Wagner Rossi, figura como réu numa ação popular na Justiça Federal de Santos. A denúncia por “Administração temerária, conduta suspeita e má fé” foram apresentadas em 2001 ao Ministério Público Federal do hoje aliado PT.
Em 2005, seis anos depois do acordo, a CODESP havia recebido míseros 20.000 reais dos 126 milhões de reais. O Procurador da República André Stefani Bertuol disse: “O comportamento da União ao” assumir tamanha dívida pode ser considerado ilegal e, seguramente, imoral, uma vez que ofende as boas regras da administração, dos princípios de justiça e da idéia comum de honestidade: “E o pior é que tudo foi feito às escondidas.”.
Wagner Rossi é um homem de sorte, mas não muita. Seu processo como réu ficou arquivado por nove anos, mas foi reaberto por decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo em outubro de 2010, em julho deste ano a justiça intimou Wagner Rossi para contestar a ação, segundo o ministro, o acordo não causou nenhum prejuízo aos cofres públicos.
No fim de 2007, como presidente da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) doou 100 toneladas de feijão à prefeitura de João Pessoa, comandada por Ricardo Coutinho, do PSB, hoje Governador da Paraíba.
O feijão era para ser distribuído entre famílias de baixa renda. Visando o ano eleitoral de 2008, a prefeitura guardou todo o estoque, e o prefeito queria se reeleger de qualquer maneira. Só que um funcionário da CONAB na Paraíba há 27 anos, Walter Bastos de Souza, descobriu a mercadoria escondida e resolveu denunciar. Em abril de 2008, telefonou para a sede da Companhia, em Brasília e conseguiu falar com o presidente. Advinham quem era? Wagner Rossi prometeu que tomaria as providências necessárias, o mesmo jus salivandi (171). O funcionário tinha certeza que a mercadoria poderia desaparecer de uma hora para outra, a mercadoria doada pelo governo federal, seria usada na campanha eleitoral como moeda de troca por votos. Ele resolveu então, alertar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Mas a Prefeitura, para evitar o flagrante, sumiu com a prova. Resultado: 8 toneladas do produto que estavam num dos armazéns da prefeitura acabaram no lixo, levado em caminhões da prefeitura, o feijão foi despejado no aterro sanitário de João Pessoa. Num país que o próprio governo assume que existem 16 milhões de miseráveis, que ganham menos de 70 reais por mês, e que não tem sequer um prato de feijão à mesa.
Walter Bastos foi afastado por dezesseis dias e até hoje responde a processo sob o argumento de que expôs a imagem CONAB publicamente. “Denunciei ao próprio Wagner Rossi a irregularidade e fui punido por isso.” Afirmou um funcionário.
Num momento de sinceridade, o ex – presidente da CONAB, Alexandre Magno Franco de Aguiar, que sucedeu à Rossi na empresa e hoje é seu assessor especial no Ministério da Agricultura, confessou a Veja que o próprio Rossi usou o expediente de distribuir alimentos para obter votos, inclusive para favorecer eleitoralmente o filho, Baleia Rossi, Deputado Estadual e presidente do diretório do PMDB de São Paulo. Wagner Rossi foi nomeado por Lula em março de 2010, mais um problemático ministro que a presidente Dilma herdou do seu antecessor. A Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura estava reunida para abrir as propostas técnicas de quatro empresas, quando um deles disse, que tudo ali já era cartas marcadas, e estava acertado o pagamento de 2 milhões reais ao 8º andar, justamente o andar onde fica o gabinete do ministro.
O presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, iria pôr na ata as denúncias, quando foi chamado por Karla Carvalho, coordenadora de logística do ministério, disse para o Israel não pôr nada na ata e muito menos relatar para a Polícia Federal. Em pouco tempo, Karla Carvalho passou a ser chefe de gabinete da poderosa secretária executiva do Ministério da Agricultura. Karla trabalhava diretamente com o número 2 da pasta, o famoso Milton Ortolan, braço direito de Wagner Rossi há 25 anos que acabou sendo demitido depois que a bomba estourou.
Segundo revista Veja, tinha amizade forte com o lobista Júlio Fróes, que tinha um passado criminoso, ele foi preso pela Polícia Federal em 1992 por tráfico de cocaína.
Tudo isso aconteceu na capital federal das maracutaias (Brasília), sede dos corruptos e que nem sempre são punidos como acontece diariamente nesse nosso Brasil. Existem hoje no Brasil 350 mil ONGS, sendo que menos 1% não está envolvida em escândalos, a maioria está sendo processada pelo MPF, e o governo mesmo sabendo dos escândalos continua liberando dinheiro para essas ONGS. Quase todos os Ministérios estão contaminados pela corrupção, herdada do antigo governo de Lula.
Como dizia o grande Leonardo Da Vinci:
“Quem não castiga o mal, ordena que ele se faça”.
Alessandro Barreto.

sábado, 10 de setembro de 2011

Operação mãos sujas

Operação mãos sujas

A juíza Patrícia Lourival Acioli da 4ª Vara Criminal São Gonçalo assassinada dia 11/08/11 por mais de 15 disparos de arma 4.0 e 45,de uso exclusivo de policiais quando chegava em sua residência na região oceânica de Niterói,no bairro de Piratininga. A Magistrada era responsável por julgar crimes de homicídios em São Gonçalo e conhecida por sua atuação contra a violência cometidas por policiais militares na região.
A Magistrada condenou o oficial da Polícia Militar Carlos Henrique Figueiredo Pereira a um ano e quatro meses de detenção, em regime aberto pela morte do jovem Oldemar Pablo Escola Faria, de 17 anos em setembro de 2008. Estava há 11 anos á frente do Tribunal do Júri de São Gonçalo, e desde então vinha recebendo ameaças diárias, o Ministério Público de São Gonçalo, resolveu passar um pente fino, o MP fez um estudo dessas ocorrências e constatou abusos e crimes cometidos por policiais, eles cumprem ordens de seus superiores, na maioria das vezes, jamais dizem ou afirmam que os mandantes são seus superiores, com medo de represálias.
Existe uma Lei de 1940 que chama-se de autos de resistência, na maioria das vezes, o indivíduo não porta uma arma, é um forjado, o policial põe uma arma na mão do indivíduo e afirma que houve um confronto, que foram recebidos a bala e ao revidarem acabaram ferindo o indivíduo.
Apenas 4% dos homicídios em São Gonçalo são apurados, os outros 96% são inquéritos. A Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro vai investigar o assassinato da Juíza Patrícia Acioli da 4ªVara Criminal de São Gonçalo, a determinação é do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que atende ao pedido do Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) César Peluzo.
Em nota o Presidente do STF repudia o assassinato da magistrada Patrícia Acioli, e pede a apuração rápida do crime. “Crimes covardes contra a pessoa, de magistrados constituem atentados à independência do judiciário, ao Estado de Direito e a democracia brasileira. A preservação do império da lei em nosso país exige a rápida apuração dos fatos e a punição rigorosa dos responsáveis por este ato de barbárie”, disse em nota o Presidente do STF.
A questão é gravíssima, ela estava ameaçada. Recentemente tinha condenado policiais que fazem parte de milícias, de grupos de extermínios e isso deixa a 4ªVara Criminal de São Gonçalo muito vulnerável. O Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, disse que a magistrada dispensou a proteção policial em 2007. Empresários andam 24 horas por dia com seus seguranças, traficantes também andam com seus seguranças 24 horas por dia, por que uma juíza criminal não andaria? Qual pessoa normal dispensaria uma proteção policial, já que estava sendo ameaçada há anos?
A decisão da Diretoria de Segurança do Tribunal avaliou que esse esquema de segurança poderia ser reduzido de três policiais para apenas um policial. Então de repente surgem 10 matadores fortemente armados, como um só policial poderia sair são e salvo? Nem Rambo se dava bem, ficaria 10 contra um, isso é brincadeira.
Essa garantia de proteção pelo (TJ-RJ) é prevista na legislação interna do Tribunal. Quando o magistrado revela situação de risco ou ameaça, a diretoria avalia a necessidade de proteção e disponibiliza policiais ou até equipamentos, como veículos blindados.
O Presidente da (OAB) Ophir Cavalcanti cobrou esclarecimento sobre os motivos pelos quais a Juíza Patrícia Acioli estava sem escolta policial mesmo sendo alvo de ameaças. O atual Presidente do (TJ-RJ) se apressa em justificar o injustificável. Até as paredes do Fórum de São Gonçalo sabiam das ameaças de morte contra a Juíza. Ela não requisitara proteção por ofício, não obstante, sem ofício, ou melhor, de ofício, sua segurança conforme avaliação (feita por quem?) com base em quais critérios? Então a Magistrada suicidou-se 21 vezes? Então quer dizer a Patrícia Acioli era uma incompetente? Uma servidora pública incapaz de fazer um ofício? Não é isso que o senhor quer dizer, presidente? Não existe o GAP (Grupo de apoio aos Promotores?). E o GAJ (Grupo de apoio aos Juízes?).
O grande Juiz Italiano Giovanni Falcone lutou contra a Máfia durante onze anos e pagou com a sua própria vida, na famosa Operação Mãos Limpas na Itália. Condenando os grandes mafiosos, juízes corruptos, advogados corruptores, empresários e políticos inescrupulosos. Na Itália deu certo, por que no Brasil não poderia dar certo?
Não daria certo porque por trás de toda milícia, traficantes, sempre existe um político corrupto. O Juiz Federal Odilon de Oliveira de Ponta Porã no Mato Grosso do Sul, que mora no próprio Fórum da cidade, sob escolta de sete agentes federais fortemente armados, e dorme em colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo no chão.
Está jurado de morte desde que em apenas um ano, o juiz condenou 114 traficantes, as penas somadas de 919 anos e seis meses de reclusão, e ainda confiscou todos os bens dos traficantes.
Ele perdeu sua liberdade, mas não a sua dignidade e diz: “A única diferença é que tenho a chave da minha prisão” O Brasil precisa urgentemente de homens de valores como Juiz Federal Odilon de Oliveira. Para realizar uma Operação Mãos Limpas no Brasil, mas infelizmente, esses traficantes são apenas a ponta de um iceberg, que por trás existem sempre os políticos inescrupulosos, que mandam e desmandam, com a sua ganância pelo dinheiro sujo, pelo poder, mas só quem tem p poder é DEUS.
Como dizia o grande Montesquieu
“É preferível viver no analfabetismo a ter que aprender a ler na cartilha da corrupção”
Alessandro Barreto
Acadêmico de Direito da Universidade Cândido Mendes.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Santa do pau oco

Santa do pau oco


A Deputada Federal Jaqueline Roriz do (PMN-DF) foi absolvida numa votação secreta no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira dia 30 de Agosto, por 265 votos, 166 votos a favor e 20 abstenções, do processo que pedia a cassação de seu mandato.
O Deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP), que pedia a perda de mandato de Jaqueline, que foi flagrada em um vídeo que ela aparece recebendo dinheiro do delator do Mensalão do DEM, Durval Barbosa. A gravação foi feita em 2006, mas só foi divulgada no início deste ano.
Para perder o mandato, seria necessária a concordância da maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 votos (mais da metade dos 513 parlamentares da casa). Sendo a cassação aprovada, a Jaqueline ficaria por 8 anos inelegíveis. O álibi se concentrou no fato de que a mesma não se encontrava no exercício de qualquer mandato, especialmente de Deputada Federal em 2006, quando os fatos ocorreram.
O Presidente da Câmara, Marco Maia (PT/SP), determinou a retirada de câmeras do plenário, para que nenhum nome dos deputados que votaram a favor da Jaqueline, ficasse na incógnita, blindando seus nomes, para que não fossem revelados os nomes dos partícipes, dos canalhas que foram a favor da Jaqueline.
Depois da votação secreta, o Marco Maia (PT/SP), liberou a entrada das câmeras. O Deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP), relator do processo de cassação, alegou que o fato tenha acontecido antes da eleição do ano passado, mas tornou-se conhecido em março deste ano, durante o exercício do mandato da deputada. Já o advogado de Jaqueline Roriz, o famoso advogado José Eduardo Alckmin, valeu-se de uma decisão de 2007 do Conselho de Ética da Câmara defendendo a tese de que o parlamentar só pode ter o mandato cassado por fato praticado fora do exercício do mandato parlamentar não tem o poder de configurar ato atentatório à ética e ao decoro parlamentar. Que ética? Que decoro parlamentar?
Existe isso na Câmara dos Deputados? Eles conhecem de fato isso? O advogado argumentou ainda que, cassar o mandato nessas condições seria “uma estranha forma de admitir uma retroatividade punitiva”, se aprovada a cassação haveria “um campo aberto para perseguições políticas”. Conta outra, que essa é fraca!
A própria Jaqueline Roriz subiu a Tribuna da Câmara atacando, segundo ela, o “jornalismo predatório” e que sofreu uma “implacável condenação por parcelas da mídia”. E o direito a informação? Onde fica? Não podemos saber das falcatruas dos políticos? Jogando para o Procurador – Geral da República, Roberto Gurgel, que sentiu “uma dor excessiva” atribuindo que o fato ocorrido foi de um “absoluto interesse político” e que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, a denunciou faltando apenas 4 dias para o julgamento da casa, e ela mesma não foi ouvida, pura inocência, uma verdadeira santa do pau oco. É muita cara de pau, poder-se-ia chamá-la de Jaqueline Pinóquio!
Após as declarações insanas, apenas 4 deputados: o Chico Alencar (PSOL/RJ), Érica Kokay (PT/DF), Reguffe (PDT/DF) e Vanderlei Macris (PSDB/SP) se pronunciaram em defesa do relator Carlos Sampaio (PSDB/SP) e um contra o Deputado Vilson Covatti (PP/RS) que foi a favor da Jaqueline “Pinóquio” Roriz.
Absolvida pela Câmara, a Deputada responderá ainda a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, apresentou à Corte denúncia criminal contra a deputada, acusada de peculato por ter atuado para que um servidor público usasse sua função no desvio de recursos em benefício dele ou de outrem.
Caberá ao Supremo Tribunal Federal se aceita ou não a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a deputada. Se o STF aceitar, ela passará a ser ré no processo numa ação penal.
A análise ainda não tem data prevista para ocorrer e o relator será o grande Ministro Joaquim Barbosa.
Infelizmente, é isso que ocorre diariamente nesse nosso “Brasilzinho”. Por trás de cada crime, seja ele qual for sempre tem um político sem vergonha envolvido. Antigamente, existia o voto cabresto, hoje é o voto cala a boca, com bolsa família, bolsa escola, etc.
As ONGS no Brasil não são fiscalizadas, o MST ganha milhões por ano, para invadirem propriedades, destruindo plantações, que o produtor demorou anos para esperar a safra, a UNE (União Nacional dos Estudantes) também ganha milhões da União, um verdadeiro show de verbas públicas desviadas. Um pobre comete um delito, é furto ou roubo, já os políticos tem uma outra conotação, chama-se isto de desvio de verbas públicas, parece brincadeira, mas, é a pura verdade.

Como diz um velho ditado popular: “Quem anda com porco, farelo come”.

Alessandro Barreto
Acadêmico de Direito da Universidade Cândido Mendes

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Acabou o milho acabou a pipoca 5

Acabou o milho acabou a pipoca 5

Essa eu prometo que será a última. Quando papai me levava para ir até o BANERJ passávamos no Bar do José Rangel o querido amigo ZÈ MENGÃO,seu amigo nas excursões que os dois faziam para o sul,para a famosa festa da uva e outras mais.O meu saudoso amigo Fernando Frota uma vez estava dentro do bar,quando chegou à comitiva de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro,invadiram o bar,era gente para todo lado,o Fernando Frota estava com muita fome,e quase todos os dias almoçava por lá,chamou o funcionário o Roberto e pediu um PF um prato feito,mas falou baixinho,o Roberto esqueceu a comitiva do Brizola e disse bem alto...sai um PF para o Frota no capricho Carlão. Quando saiu o PF cadê o Frota? Saiu de fininho morto de fome e desapareceu na multidão da Rua Direita. O Bar de ZÈ MENGÃO era o point da política macaense, antes era o Café Belas Artes, se aquelas paredes ou o próprio ZÈ MENGÃO falasse seria um Deus nos acuda, quantas estórias ele não sabe?
E passávamos no Sr. Tiziu um negro enorme que engraxava os sapatos na sua cadeira quase imperial, ainda fazia seu jogo de bicho e vendia bilhetes da loteria federal, depois saía no seu Corcel cor de abóbora e em alta velocidade. Depois que o Bar de ZÈ MENGÃO fechou o bar eu demorei uma semana mais ou menos até me conscientizar que o bar tinha fechado, era automático passar por lá ou de manhã ou à tarde para beber um café pingado, o famoso café com leite, e aproveitar e conversar com meu amigo Guto Sardinha da AMPLA sobre as novidades da cidade. Papai comprava sempre os bilhetes da loteria federal de Dona Julita no rua do Beco do Caneco,onde hoje existe um estacionamento ao lado do antigo Hotel Ouro Negro,existia o Hotel Balzana e ao lado a residência do Dr.: Orlando e Dona Wanda,onde o Cido Cabeleireiro alugou por um bom tempo.Papai também passava na Barbearia do Sr Fábio, pai do meu amigo Neto que trabalhou durante muitos anos no Banco do Brasil,ao lado da Casa Africana,que sempre frequentava o Bar de papai,com seus velhos amigos.
Tinha a casa do Sr. Zelino Cunha e Dona Laura amigos da minha família há mais de 50 anos, um casal maravilhoso e educadíssimo, pois a rua da praia na década de 60 era o must, a maioria dos comerciantes residia lá, e o mar era límpido e transparente, onde as pessoas mergulhavam e pescavam vários tipos de peixe, a maioria das construções da rua da praia, incluindo o mercado de peixe, foram feitas por um grande construtor o Sr. Francisconi. Uma vez estava no paredão da rua da praia,quando avistei um senhor de uns 75 anos aproximadamente,que parecia estar voltando no tempo, comecei a puxar assunto e foi aí que soube que aquele senhor tinha construído quase tudo por ali, era o senhor Francisconi em pessoa, conversamos por horas e seus olhos cheio de água de saudade daquele tempo maravilhoso que ele mesmo tinha participado.
Eu sempre quis ser escoteiro, mas era muito peralta, levado e arteiro e o chefe dos escoteiros na época disse para papai que não era possível eu fazer parte dos escoteiros, pois poderia arrumar alguma confusão, era o famoso e saudoso Fabiano, uma figuraça, mais peralta, levado e arteiro do que eu. Depois viramos amigos e grandes amigos.
Em 1977 no dia primeiro de abril até o dia 3 de abril, passou no Cine Clube o filme do conjunto LED ZEPPELIN, depois assisti ao show do Egberto Gismonti e ao melhor show do WAKER e sua banda sonora com Wanderlei Pereira na bateria, irmão do grande baixista Ceceu Pereira o grande saxofonista Dulcilando Pereira pai do amigo Lando Pereira.
No Cine Santa Isabel passava filmes de Kung Fu e Faroeste, nesse mesmo ano fui assistir ao filme do momento Lúcio Flávio o Passageiro da Agonia, com o Reginaldo Farias no papel principal. Toda semana nos filmes de faroeste eu torcia pelos índios, jamais torci pelos brancos, e no final da sessão era briga na certa. Nessa mesma época a garotada se divertia com os campeonatos de botão,mas tinha que ser de madrepérola,que eram os melhores e mais caros.Os campeonatos aconteciam na casa de Ulisses,Mardoninho e Rubinho,que sempre armava para se dar bem. E o contato com as Embaixadas de outros países, quem tinha contato tinha tudo, e para arrumar esses contatos eram com o Mardoninho e Léo Chaves, bons tempos aqueles.
Uma vez em frente ao Cine Santa Isabel existia uma que se chamava Lanchonete Imbetiba, que vendia a famosa cachaça Faceira que o Sr. Sindú Bersot fabricava em seu sítio em Conceição de Macabú, fui várias vezes com papai no sítio dele, que era cheio de tonéis de carvalho para encher os galões para revendermos no bar de papai.
Como já conhecia a cachaça e era muito forte, chamei o Luciano Brochado, o Báu da Boa Vista, o Charles Borba o Toco, e começa,mos a beber,quando levantei para pagar a conta,já estava muito alto,paguei a conta e o Luciano falou: Poxa como você está bem,foi à última vez que ouvir uma voz,desmaiei na hora,caindo na calçada.
Os três me levaram até a Imbetiba, na minha casa segurando-me pelos braços e pernas, papai ficou uma fera comigo, que vergonha cheguei à casa carregado.
Outro porre estórico aconteceu na festa do mercado, encontrei com o Fernando Petersen e começamos a beber no bar do Meteoro, que era em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima, e fomos para ao restaurante Latávola na rua da praia, ao lado da casa do Dr. Jair que era dentista, fui levado para casa de novo, não vi a festa do mercado e muito menos quem me levou para casa.
Falando em Dentista existia o Dr. Djalma Almeida que era diretor do Colégio Caetano Dias, o Dr. Jair da rua da praia, o Dr. Gilberto Pedrini e inesquecível Dr. Nelito que passava horas assistindo desenho animado, enquanto nós esperávamos sentados no sofá. Hoje em dia a sua filha Bia vende a melhor empada da região,e tem um restaurante onde era o consultório do seu pai o Dr. Nelito,ao lado da Papelaria Lamoglia do meu amigo Nilton,pai de Niltinho e o Pablo.
Papelarias existiam poucas, a papelaria São João na rua direita, em frente ao Bradesco hoje em dia, que depois se transformou na Papelaria Lamoglia, a Papelaria Fachada, ao lado da casa do meu amigo Samuel Marques, pai do Rogério, do Samuel o “Zunga “do Adriano da Academia Corpo e Movimento, do Fabrício “Orelha” do Banco do Brasil, da Laila da Academia Equipe Atlética e da Cléa “.
Em frente ao antigo bar do ZÈ MENGÃO existia a Papelaria Majestic ao lado da famosa Fábrica Lince do Sr. Lacerda Agostinho, que fabricava o famoso refrigerante Moranguinho, a Cachaça Aurora e Licor Pesseguete.
Falando em fábricas, na Rua Direita existia na década de 50 e 60 a fábrica de tamancos do Sr. Romeu Pereira que mais tarde foi eleito prefeito de Macaé. A Malharia Bariloche, que vendiam agasalhos esportivos, e eram dos Espanhóis da família Corral e a Malharia Monviso dos Italianos da família Amadei.
Os colégios da cidade pediam para os alunos comprarem seus agasalhos na Malharia Bariloche. E as padarias? Existia a Padaria Lima onde se vendia os melhores doces na Rua direita do Sr. Lima pai do João Sérgio, a Padaria Reis onde se vendia os melhores bolos da cidade do Sr. Alberto Monteiro, pai de Tânia “Batalhão” Beto Português e Aninha, onde se vendia o famoso Steinhagen da marca Bolls, que vinha numa garrafa estilo de barro, como as antigas moringas, que a galera depois de beber, lavava e colocava água para ficar gelada, eu mesmo comprei várias. Minha mãe sempre mandava eu comprar as famosas roscas da Padaria Vitória que era na Rua Télio Barreto. A Padaria 7 onde se vendia o melhor sonho da cidade e o melhor pão, na rua do sacramento, na Imbetiba do meu amigo e famoso Sr. Mateus que trabalhou durante 40 anos só ali no mesmo ponto, e foi à última Padaria das antigas a fechar as portas, agora só tem a Padaria São Jorge na rua da igualdade na Imbetiba do Jairo da CEDAE e seus funcionários Jorge e Geziel. Cada Padaria tinha o seu forte,uma mercadoria que diferenciava-se das outras. Na Imbetiba na década de 70 existiam os vendedores, um deles era o Sr. Joaquim Medeiros que com a sua carrocinha, estilo essas de pipoqueiros, que vendia o melhor cuscuz e famoso quebra queixo, e tinha uma figura que vendia só frutas numa carrocinha era muito parecido com Jesus Cristo, e esse apelido ficou ele andava descalço e com bermuda jeans desbotada, e com o corpo sarado, sempre sem camisa, todo mundo o chamava de Jesus Cristo, ele dizia que era muito saudável comer frutas, e influenciou muitas pessoas para não comerem carne vermelha, só verduras e frutas, o cara era boa pinta e as mulheres tanto as solteiras quanto as casadas davam mole para ele, sempre sério não dava confiança para nenhuma delas, sempre as tratando com respeito. Também sempre aparecia no carnaval da Imbetiba,antes dessa doença de cultuar o corpo,uma figura ímpar,ele descia de um Puma branco zerado na época,vestido de HULK,o cara era forte demais,sempre descalço com uma bermuda jeans rasgada e todo pintado de verde,o verdadeiro HULK em pessoa,era fortíssimo,seus braços eram uma perna de qualquer pessoa normal,e andava em câmara lenta,de vez em quando batia nos peitos e gritava,a rapaziada ficava apavorada,mas nunca se meteu em confusão,numa briga sequer,era um cara da paz,uma pessoa do bem,todo ano no carnaval ele aparecia na Imbetiba,tornou-se uma figura folclórica nos carnavais da Imbetiba por muitos e muitos anos e sempre no anonimato,até hoje creio que ninguém sabe a verdadeira identidade do famoso HULK que aparecia em Macaé. O bar do Sr. Otacílio que tinha a famosa sinuca, onde se faziam filas para jogar na melhor mesa de sinuca de Macaé, eu gostava mesmo era do totó o famoso jogo de futebol com bonequinhos, eu era fera nesse jogo e até hoje sou, sempre gostei do totó, tinha até campeonato, ganhei vários.
Os Bailes no Tênis Clube sede social, onde tinha uma figura folclórica o Sr. Amaro conhecido por um apelido que ele detestava que era “Urubu Rei” gente finíssima comigo, afinal nunca o chamei pelo apelido por educação e respeito, pai da Marinete que foi minha professora no Caetano Dias e hoje trabalha na Estatal de Petróleo. Eu nunca fui sócio do Tênis Clube Sede Social ou Praiana, gostava mesmo era pular o muro e entrar escondido, ofereceram para papai várias vezes o título do Tênis, eu sempre fui contra, gostava mesmo era do Fluminense, pois o Tênis tinha umas pessoas muito cheias de pose, para não falar outras coisas. Quando matávamos aula no Caetano saíamos com o Eraldinho filho do saudoso Sr. Eraldo “Lanterneiro” e Dona Dalva irmão da minha amiga Izinha. Saíamos num carro que o Sr. Eraldo tinha criado o famoso e charmoso ODLARE que significava Eraldo de trás para frente, o carro era de mais, muito lindo, ou então saíamos no Alfa Romeo roxo que Eraldinho levava a galera para a praia do Pecado, lembro-me que Luciano Brochado, Izinha, Eraldinho e eu tiramos uma foto, que sumiu no tempo infelizmente. Tinha o Jornal A Folha Macaense que vendia igual à água do meu amigo Martinho Santa Fé, que o outro meu amigo o Ely Perón tinha uma coluna que se chamava TRNTA e SETE e MEIO que fazia o maior sucesso na época, uma pena que acabou esse jornal, como acabou o Século que Euzébio Luiz de Melo o “Zebinho” reeditou mais por pouco tempo.

Onde hoje em dia está localizado o Corpo de Bombeiros existia o Ginásio Macaense onde as meninas usavam uma saia pregueada verde, com camisa branca de mangas e golas verdes, era um dos melhores colégios da cidade. Creio que encerro essas crônicas por hoje,e gostei da idéia da minha amiga Wilma Guedes de reunir esses Haylanders Macaenses no espaço do Ricardo,e certamente irei com a última camisa pintada pelo um amigo Marco Aurélio,tenho duas, uma branca com uma flor no braço esquerdo,e a preta com o farol na cor lilás,que são do ano de 1994 e estão zeradas,novinhas. E sobre a rapaziada do Caixote o Eraldo tinha um comércio e deixava na calçada os caixotes de madeira, a rapaziada ficava sentada em cima batendo papo, daí o nome da rapaziada do Caixote. Quero agradecer a todos aqueles que leram minhas crônicas e puderam relembrar os bons tempos da nossa velha e querida Macaé e que deixaram seus comentários, e agradecer ao meu amigo Paulo Xavier que sempre me apoiou desde o início, deixando seus comentários inteligentes, tentei descobrir quem era o Paulo Xavier da Imbetiba. e sem querer descobrir que era o Paulo que me conhece desde criança,e freqüentava o bar do meu saudoso e querido pai,quando comecei a escrever aqui no Jornal o REBATE que o editor o meu amigo José Milbs me convidou depois que o meu amigo Guto Sardinha lhe disse que eu escrevia umas coisas interessantes em outro jornal da cidade. Os meus professores da Universidade Cândido Mendes, meus queridos mestres e amigos DR: Èlvio Granja Magistrado que já foi Juiz em Macaé na década de 70 e o Procurador DR: Roberto Leão, que me tratam como um filho, e sempre me pediam uma xérox autografada das minhas crônicas e hoje podem visualizá-las pela internet, sem vocês eu não teria conseguido escrever essas crônicas, e teria essas lembranças interiorizadas em minha memória, o meu muito obrigado mesmo de coração a todos vocês.
Como dizia o grande Oscar Wilde:
“Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existe”.
Alessandro Barreto.
Acadêmico de Direito da Universidade Cândido Mendes.

domingo, 19 de junho de 2011

Acabou o milho, acabou a pipoca 4

Acabou o milho acabou a pipoca 4


Esqueci algumas figuras e estórias de nossa velha Macaé e resolvi escrever a última, a última mesmo, se não vai ficar igual ao filme Rambo ou o Exterminador do Futuro. Meu saudoso e querido pai sempre teve comércio, e Dona Abigail esposa do Sr. Abrahão Agostinho, vendia seus famosos e deliciosos bombocados que não existe em lugar nenhum desse planeta. O Antônio Luiz Lindenberg Nogueira o meu amigo Tuzica chegava a comer mais de 20 bombocados ele e o meu amigo Maurício Marreco quando vinha do Rio para passar as férias em Macaé, era de lei comer os deliciosos bombocados no bar de papai. Dona Abigail mãe de Dona Magdala, Dona Ambra, Dona Magali, Dona Marilandi, Dona Gilza e o meu grande amigo Abrahão Agostinho o grande Advogado, os bombocados eram feitos no fogão a lenha, colocados nas formas e assados em banho Maria, ela só vendia para papai e para o grande Daniel Pepé que vendia pelas ruas da Imbetiba os famosos bombocados que acabavam em segundos, lembro-me do sabor até hoje. No último aniversário de Dona Abigail ela mandou seus netos os meus grandes amigos Romano irmão da Daniela, filhos da inesquecível Dona Magdala e do Sr. Franco Cipriani um Italiano gente finíssima, o Tony Terra Agostinho e sua irmã Raquel filha da minha grande amiga Ângela Terra e do Abrahão Agostinho, me buscarem em casa para comer o último bombocado feito por ela, e outros doces maravilhosos, ela sabia que eu adorava doces e principalmente os doces preparados por ela com amor e carinho. Uns três meses depois ela infelizmente faleceu,levei vários doces para comer em casa naquela última noite em que passamos juntos,muitas saudades daquele dia.
O Daniel Pepé tinha esse apelido, pois tinha um defeito na perna, bebia umas e outras com o Sr. Abrahão Agostinho, Dr. Hervê, Sr. Jair Alfaiate, Sr.Hilbom Freitas, Dr.César e outros da velha guarda de Macaé.
Uma vez o Dr. Hervê esposo de Dona Dinah, saiu com seu Corcel GT preto e cor de abóbora em alta velocidade do bar de papai,quando podia na época ir para o Mercado de Peixe vindo pela Rua Dr. Bueno,hoje em dia é o contrário, ele muito bêbado caiu dentro do mar com seu corcel, sendo salvo por vários pescadores. O Sr. Manuel Português foi dar uma carona para o Sr. Hilbom Freitas e os dois Bêbados caíram dentro da vala na Avenida dos Jesuítas.
Antigamente a garotada ficava delirando vendo a fonte luminosa na rua da praia, toda semana meus pais me levavam para vê-la, eu tinha vontade de ter uma em casa, eu não, todo mundo da nossa época. Na Imbetiba a garotada brincava de cavalo de briga,quando um subia no ombro do outro e tentava derrubar o outro,pata cega e outras brincadeiras. Uma vez jogando bola no pátio do Colégio Irene Meireles,o Marcelus Siqueira,o Marcelão durante um carrinho,quebrou o braço,aí acabou a pelada também. Durante a década de 80 sempre vinha para Macaé à equipe de José Carlos Cunha, que era convidado da Dugnauto do meu amigo João Valença e seu irmão Geraldo Valença donos da concessionária Chevrolet, para fazer acrobacias com seus carros envenenados, andando em duas rodas e dando cavalos de pau, e os dois carros se aparelhavam de frente, isso acontecia da esquina da XALOSI do meu amigo Xará até a casa do meu saudoso amigo Luiz Alfredo de Melo Viana o Alfredinho Cabeleireiro. Uma vez o José Carlos Cunha disse no microfone se Macaé tinha um Homem para ficar preso no para choque dos carros para andar em duas rodas e depois dar o cavalo de pau com os carros se encontrando faltando apenas um palmo, nossa hora o Edson Bitencurt o famoso Edson Leão disse: Eu sou homem e vou, amarraram o Edson no para lama do carro que veio em disparada da Xalosi quando chegou em frente à casa do meu saudoso amigo Euzébio Luis de Melo o Zebinho, o carro parou,quando tiraram o capacete da cabeça do Edson Leão,ele estava desmaiado e tinha urinado nas calças, foi o maior mico, e todo mundo sacaneando o Leão. Eu estava na casa de Zebinho e todos caímos na gargalhada. Do lado da Igreja São Batista existia o bar do Aiki que era a maior figura jamais dizia um não, mesmo sem dinheiro à galera comia e bebia, depois foi morar no Canadá, onde permaneceu durante uns 20 anos, voltando a residir em Macaé novamente, o bar tinha um sótão, onde o mais íntimos acabavam dormindo por lá mesmo, uma mistura de bar com sorveteria, colado a na casa de Zebinho, onde era o point da rapaziada, a rapaziada ficava sentada na calçada da Igreja até de manhã.
Existia um bar na Rua Alfredo Backer um bar do meu amigo Fernando Pereira, que na época era casado com a Maria, que fazia um empadão de camarão e de frango maravilhoso, em frente à casa do carnavalesco Júnior Ferraz o Juninho Boneca e também em frente ao prédio do meu amigo Arian Pimentel.
Depois o Fernando passou o bar para o seu irmão, o meu amigo e arquiteto Fred Pereira, o Fred Cabeção marido da querida Mary, que deu continuidade ao bar que durou um bom tempo. Existia também o Bar Degrau dos sócios Deco e Glauro que trabalhavam no antigo BANERJ,onde hoje está localizado um estacionamento ao lado da Terra Brasil,em frente a saída do Tênis Clube que tem uma lotérica do Marcinho do Vita Sucos. Nessa época veio para Macaé o Cido Cabeleireiro que lançou um grande salão nos Cavaleiros, onde hoje em dia funciona uma loja de piscina, o salão vivia cheio, depois mudou-se para outro bairro. Os HI-FI na casas dos amigos, onde sempre todo mundo se dava bem, mas só rolava uns beijinhos mesmo. O Zé Uca e o Boa Fé que sempre desfilaram no blocos da piranhas,o bloco dos Bombeiros e outros mais. Falando em carnaval não poderia esquecer do Sr. Juquinha pai do Marcinho do Vita Sucos, que sempre saía fantasiado de algum personagem que fazia sucesso na televisão, uma figura marcante no carnaval de Macaé, que em 1987 fiz uma homenagem para ele na letra do meu polêmico samba para a Escola de Samba Acadêmicos da Aroeira.
A Imbetiba de noite viva cheia, o paredão não dava nem para sentar de tanta gente, a esquina do Pecado em frente ao Bar do Redondo, todo mundo sentado,quando de repente surge do nada o José Carlos Taranto conhecido como Grilo,com tijolo na mão, era lua cheia e ele estava super atacado, pois tinha problemas psicológicos, esperando uma vítima passar, nesse intervalo o meu amigo Henry professor de Educação Física vem atravessando a rua da esquina do Pecado para comprar um sorvete Sorriso na barraca do Sr. Boldrini, na metade do caminho o Grilo mira o tijolo na sua direção, eu ainda tentei avisá-lo em vão,quando Henrynho virou levou uma tijolada nas costas e partiu feroz para arrebentar com o Grilo,eu tive que segurá-lo, e tirei o Henrynho, que estava esfregando a cara do Grilo no muro, quase o matando, depois foi aquela gargalhada toda mundo rindo da situação.
Nessa mesma época vários macaenses da gema saíram do Brasil para tentarem a sorte na América, o Velton Chapetta o Veltinho, filho do Sr. Zuzú e a querida dona Alice, O meu grande amigo e irmão Marcos Valério Machado (o Vap), Filho de Dona Nilza Sardinha e do Sr. Marcos Machado o Sargento Marcos do Forte Marechal Hermes e o meu amigo Walzinho e o meu amigo Marcelus Figueira o famoso Xexéu, que logo depois retornou para Macaé. O Valério se despediu chorando no Hamburgão e no outro dia estava atravessando a fronteira do México pela cidade de Tijuana para a Califórnia,foi um guerreiro e teve muita disposição para atravessar a temida fronteira,eu iria com ele mas meu pai estava muito doente e com pouco tempo de vida,resolvi ficar.
De vez em quando o Vetinho aparece em Macaé, o Walzinho voltou, e o Valério nos dias das mães do ano passado esteve em Macaé. Vive na América há uns vinte anos, pois já vai ser avô, a sua filha mais velha vai ter uma filha, quem diria o Vap vovô, mas é vida.
O Grilo tinha problemas, mas era um artista, pintava muito, hoje em dia onde funciona a Loja Virgens e Vilões, existiu uma churrascaria que o Grilo fez um belo e lindo mural, aquela parede valia uma fortuna hoje. Falando em artistas ainda tenho duas camisas pintadas pelo grande Marco Aurélio Franco, Zé Bode apareceu na minha lanchonete e disse que estava vindo da casa de Marco Aurélio,eu encomendei 10 camisas,mas infelizmente ele só pintou duas,uma branca com uma flor linda no braço esquerdo,e pedi uma camisa preta com o Farol de Macaé na cor lilás,isso foi em 1994,estão zeradas parecem novas,guardo-as com o maior cuidado e carinho,só as uso em ocasiões especiais,como em festas dos amigos só para eles delirarem,pois,é NT que significa,ninguém tem,logo depois o Marco Aurélio Faleceu e como era seu amigo fui no seu enterro.
A partir de 1990 Macaé já não era mais a mesma, tudo mudou, tudo mesmo,e aquele tempo bom jamais voltará,ficará apenas nas nossas lembranças, era para ser uma trilogia, mas lembrei-me, de outros fatos e fiz o Acabou o milho acabou a pipoca 4, termino aqui com o maior prazer essa crônica para aqueles que vivenciaram e presenciaram esses momentos inesquecíveis da nossa velha e querida Macaé. Venho através deste, agradecer a todos que visualizaram meu blog e deixaram seus comentários, e que relembraram todos esses acontecimentos supracitados acima e aqueles que desencarnaram, que DEUS nosso pai celestial os receba com amor e luz.
Como dizia o grande Cazuza:
“O tempo não para”
Alessandro Barreto.
Acadêmico de Direito da Universidade Cândido Mendes.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Acabou o milho acabou a pipoca 3

Acabou o milho acabou a pipoca 3

Essa creio que será a penúltima crônica, afinal só daqui há 10 anos farei outra. Meu querido e saudoso pai me levava para assistir as matinês no Cine Taboada, às comédias com Mazzaropi e outros filmes, uma vez o Mazzaropi estava azarando uma mulher lavando roupas, de repente uma cobra se aproximava e eu gritei bem alto, cuidado moço com a cobra, foi uma enorme e longa gargalhada de todos os presentes, fiquei vermelho de tanta vergonha, mas criança é assim mesmo. Na Rua Direita papai sempre passava no Xodó e Café Belas Artes de Sr.: Francesco o seu Paco e Dona Tereza pais de Roberto Gonzáles Garcia, Rossio, Marabel, Paquito, Titino, Félix e Santiago. Eu aproveitava para brincar com a rapaziada, na volta passávamos na Casa Michel, Na Casa Chaloub do meu amigo Juarez Chaloub, era de lei papai passar na Fábrica Lince do SR Lacerda Agostinho, para beber uma dose de cachaça Aurora misturado com licor de pesseguete, depois íamos até a loja do Sr. Lívio Campos, esposo da minha querida Dona Jacyra, mãe do Rômulo, Rosane, João Carlos o Janjão, Livinho e Cacau, jogando WAR até de manhã, Dona Jacyra trazia bolos, tortas, e até almoço para a rapaziada. Uma empresa de brinquedos lançou um bonequinho que chamava-se Janjão Corneteiro,ele ficava revoltado com esse apelido,ele namorava a Gisele uma morena linda de cabelos negros enrolados,ele tinha muito ciúme dela.
Ao lado da loja do Sr.: Lívio Campos, existia uma loja que vendia cigarros de chocolate e o famoso moranguinho, um doce de morango com calda de açúcar, ao lado a galeria Pigalle onde existia o Bar de seu Aristides, que um negro gente finíssima conhecido carinhosamente com Coruja, pois, não dormia ficava vigiando a galeria. Nessa mesma galeria do Pigalle, o Paquito junto do Clébio Careca, ganharam um fusca num bingo, os dois venderam o fusca e abriram uma loja, o primeiro Fliperama em Macaé, vários jogos eletrônicos para o nosso delírio na galeria do Pigalle. Papai aproveitava para bater um papo e comer o melhor peixe de Macaé no restaurante do SR: Aroldo.
Quando a Imbetiba era Imbetiba, acordávamos cedo e íamos andar de Marisqui, passávamos pela Praia dos Barcos, dos Cavalos, das Pedras, Farol, Praia Campista até a Praia do Pecado, voltamos exaustos mais felizes, era Marisqui e jacaré até cansar.
Depois vieram as pranchas de Surf, pegávamos onda no Pontal e depois no Pecado. No carnaval o famoso baile do Iate Clube, onde curtíamos até o sol raiar. As famosas festas de Glicério, uma vez a rapaziada do Caixote furtaram o ônibus escolar do Sr.: Getúlio, e o Beô foi dirigindo, uma vez seu pai chegou a casa dele sem avisar, chamando Alberto André, ninguém imaginava o verdadeiro nome do Beô, todos caíram em cima dele sacaneando. Quando chegamos a Glicério fomos todos presos pelo DR: Ernani Lebreiro Relvas o delegado da época, todo mundo que ia preso ele raspava a cabeça, era ver um careca na rua e todos sabiam que tinha sido preso, que comédia.
Uma vez Roberto Gonzáles Garcia o Robertoso, apareceu com um enorme Pára-Quedas, juntaram umas 60 pessoas lá dentro, quando as festas de Glicério valiam à pena. Depois a festa do Sana,quando era o Sana,hoje em dia na é a mesma coisa. Na festa de Carapebus a rapaziada do Caixote foi de Trem é mole, naquela época ainda existia trem que ligava Macaé a Carapebus. As festas de Conceição de Macabú,uma vez invadimos o colégio para dormirmos,eu fiquei ao lado da Mônica e Lúcio Duval o Chim,do outro lado,eu comecei acariciando a mão do Chim,ele pensando que era a Mônica partiu para cima,deu uma confusão danada,no final uma enorme gargalhada.
Eu gostava mesmo era de desfilar pelo Colégio Caetano Dias, comprava meu tênis preto na Sapataria Imparcial que hoje em dia existe o Mundo Verde, o Valentim filho dos donos da sapataria sabia qual tênis a rapaziada gostava. Eu gostava mesmo era de desfilar pelo Caetano Dias,no dia 7 de setembro e no aniversário de Macaé,sob o comando do meu grande amigo Jamil Andrade Dias,era na época a melhor banda marcial de Macaé,existia um professor de Educação Física que chamava-se Eugênio,irmão da também professora Dona Célia e do SR:Alberto que lecionava Geografia,e levava os melhores alunos para o seu sítio no Novo Cavaleiros,eu ia sempre no sítio dele,uma pessoa maravilhosa. O Diretor do Caetano nessa época era


O DR: Djalma flamenguista doente, uma vez o flamengo perdeu para o Grêmio de 5 a 0 ou 5 a 1, o Cláudio Bocão da Boa Vista perguntou para ele quanto foi o jogo e o DR: Djalma suspendeu o Cláudio por uma semana.
Nessa época a moda dos garotos era Camisa HANG TENG, calça jeans Levis ou Gledson que comprávamos na Boutique SURF do Eduardo, e o tênis do momento era o PUMA que hoje em dia está na moda de novo, tênis REDLEY de várias cores e o famoso e difícil ALL STAR cano longo, que só vinha do EUA e o Alexandre Tavares o Alexa tinha todos e de todas as cores, e o Edílson Souza Lima o Tatu também tinha, o resto da rapaziada tinha que esperar um tempão até alguém trazer dos EUA.
O desfile de carnaval era na Avenida Agenor Caldas, depois foi para a Rua Direita,quando eu acabava de puxar o samba da Aroeira,ia direto para casa do meu amigo Carlos Curvelo o Carlinho Velhinho e Josiane irmã do saudoso Maurício de Lauro Ferreira conhecido como Cueca, ou para a casa do meu amigo Elias Armando.
Quando ganhei o samba na da Aroeira em 1987 a Circe desfilou fantasiada de Cleópatra, estava linda de viver, fez o maior sucesso. Depois transferiram o carnaval para a Avenida Fábio Franco,e meu amigo Júnior Ferraz era carnavalesco da Escola de Samba Unidos dos Bairros,um garoto novo de 21 anos,mas com muita criatividade e sensibilidade,que faleceu com 23 anos,levou o povo ao delírio e convidou a Circe para desfilar na sua Escola de Samba Unidos dos Bairros, fantasiada de Índia Espacial,foi o maior escândalo,a escola fez o maior sucesso.
Na Imbetiba existiam várias chácaras que davam de uma rua para outra, uma delas era do DR: Manuel Marques Monteiro, esposo de Santinha, mãe de Geraldo e Alaíde, avôs de Geraldinho Fisioterapeuta, Patrícia e Marquinho Granola, dava da Rua do Sacramento até a Dr.: Bueno, onde hoje em dia existe um prédio, duas casas do SR: Ronald do Banco do Brasil, a casa do DR: Clóvis e a casa do DR: Rosalvo, pai do meu grande amigo Rosalvo Júnior atual Secretário de Turismo de Macaé.
Na Rua DR: Bueno existia outra chácara que dava para rua Dr.: Luiz Belegard, que era do pai do meu amigo Gualberto Veiga, ex dono da Academia Bushido, onde hoje tem uma residência, o prédio de Dona Cleide mãe do Léo Bug, a casa de Hermínio, a casa do meu grande amigo SR: Richard Melsert era uma chácara enorme com várias fruteiras, na casa de Alaíde casada com Paulinho Barreto, ainda existe dois pés de Jambos da época de Dona Santinha.
Onde hoje em dia existe a galeria ALOHA, existia o Supermercado Monteiro na Rua Direita, atrás do Supermercado Monteiro, dando para a Rua Teixeira de Gouveia, tinha a casa de Dona Eni Brochado, mãe do saudoso Marquinho Brochado, onde tinha um pé secular de abio uma fruta raríssima de se encontrar hoje em dia, ela ficava pintando seus quadros e liberava para eu depenar o pé, saía de lá com sacolas cheias. Onde também existe até hoje um pé secular de abio é no estacionamento do Banco ITAÙ,do lado do Centro Macaé de Cultura,que antes funcionou o Corpo de Bombeiros de Macaé.
Antigamente existiam três Supermercados Garça do meu amigo e saudoso SR: DUDU, o primeiro era onde funciona a loja Itapuã, que já foi o famoso Vita Sucos, o segundo era onde hoje funciona a loja DGM e terceiro era onde hoje funciona Igreja Batista, ao lado do posto de saúde Jorge Caldas em frente a Praça Washington Luis. O primeiro assalto a um Supermercado em Macaé foi ao Supermercado Garça, onde funcionou o Vita Sucos, o Filho do SR: Wilson o Tetéia tinha uns doze anos nessa época, e entrou pela janela, pegou todo o dinheiro do fim de semana, e colocou numa lata de biscoitos, encheu a lata toda de dinheiro, deixando apenas uma camada de biscoitos por cima, algum curioso chamou a Polícia, veio no camburão Benício um negro grande e gordo que era o motorista e o SR: Fré que andava na sua lambreta fazendo ronda pela cidade.
Quando chegaram dentro do Supermercado deram de cara com uma criança, chamaram o SR: DUDU o dono, chegando lá o garoto disse que estava com fome e só pegou os biscoitos e nada mais, o SR: Dudu e os policiais acreditaram na estória, e liberam o garoto com a imensa caixa de lata de biscoitos. No outro dia quando foi conferir o caixa não tinha um centavo,só existia uma camada de uns dois dedos de biscoitos por cima o reto era dinheiro,muito dinheiro todo amassado para não dar volume.

Hoje em dia esse garoto encontra-se preso em Bangu 1, e foi um dos fundadores do Comando Vermelho, conhecido por seus assaltos com mais de trinta homens, assaltou na década de 80 o Hotel OTHON no Rio de Janeiro, lá ele é conhecido por Dimenor, e em Macaé com Tetéia onde seu pai o SR: Wilson vendia lingüiça, carne seca para vários comerciantes, um homem íntegro e honesto, que depois se mudou de Macaé.
Existia a Loja do Povo, ao lado da AMPLA do SR: Rui Shwenk onde se vendia de móveis, bicicletas e eletrodomésticos, lá comprei minha primeira bicicleta uma monark vermelha dobrável, uma monareta. Seu filho Eli Shwenk tornou-se um dos maiores ladrões de automóveis do Brasil, conhecido por ferrugem,tinha duas irmãs gêmeas lindas,seu por vergonha,mudou-se de Macaé.
Essa e outras estórias da nossa velha Macaé, que pouquíssimas pessoas sabem como sempre fui muito comunicativo e faço amizade rápido, era o único a chamar o querido amigo Luciano Brochado em casa, o SR: Dalton Brochado seu pai, abria o portão para mim e dizia... ele está dormindo lá no quarto dos fundos,aproveite e acorda ele que está muito tarde,está na hora do café da tarde,acorde-o,e venha beber um café comigo,eu fazia cócegas no pé do Luciano e ele acordava irado,eu ria pra caramba,e bebia meu café com o SR: Dalton.
Dona Maria Alice mãe do saudoso Samuel do Chaplins, liberava para eu acordá-lo, o mesmo acontecia com Sinezinho irmão de Jujú, o pai dele SR: Sinézio liberava para eu acordar Sinezinho também. Antigamente a rapaziada junto com as meninas fazíamos pique-nique escondido no sítio do SR: Pinheiro,levávamos um rádio gravador enorme com várias pilhas e fitas BASF,e passávamos a tarde toda por lá,uma vez ele me deu um flagrante entrando no seu sítio,puxou a espingarda e apontou na minha direção,dizendo....se der um passo eu atiro,aí eu disse ...o senhor vai atirar num filho do seu amigo? Falei para ele quem era meu pai, me chamou para comer uma broa de milho deliciosa com meus amigos, e liberou a entrada para eu chegar quando quiser.
Depois me chamou no canto dizendo que iria lotear o sítio, fazendo vários lotes para venda, hoje é o bairro Pinheiros o antigo sítio da minha adolescência.
Íamos muito às águas maravilhosas, onde hoje se encontra o bairro Nova Holanda, atravessávamos uma ponte que se chamava Ilha da Fumaça, para mergulhar nas águas maravilhosas mesmo, límpidas e transparentes, saíamos da Imbetiba Antônio Luiz Lindenberg Nogueira o Tuzica com Maneco Cara de Peixe, Joãozinho e outros que não me lembro agora, a pé na canela mesmo.
Na restinga da Praia do Pecado existiam três famílias que por lá residiam, a família do SR: José, a família de Dona Francisca que tinha uns doze filhos, e a família do Valdecir meu grande amigo, um negro educadíssimo, gente finíssima da melhor qualidade, que residia com seus pais e seus irmãos, eu era amigo mesmo do pai dele que vinha galopando o seu cavalo branco lindo, pelas matas da restinga da Praia do Pecado. Lá existiam três poços de água da melhor qualidade,a rapaziada levava a água para casa,pois,o cabelo ficava sedoso. Eu numerei 157 tocas na restinga, conhecia todas as tocas de cor, quando Beô chegava para tomar banho no poço,a rapaziada dizia que iria acabar a água Bêo ficava irado, mas depois relaxava grande amigo Bêo quando chegávamos a casa dele era uma fartura imensa, bolos, tortas, geléias, sucos, pães de diversos estilos, biscoitos e sorvete não faltava.
Quando chegava a noite íamos para a restinga, que era uma mata gigante, entrávamos de carro nas tocas gigantes, e ficávamos brincando de pique esconde até de madrugada, Bêo, Tatu, Banana, Índio eu e mais uma galera que não me lembro no momento.
Tempo bom que jamais voltará uma pena que essa geração não curtiu tudo isso, e pior, jamais curtirão, não conheceram figuras folclóricas de Macaé, como Orlando Tardelli, Levi Duarte, o Levi Cachaça, e quando tinha as corridas de bicicletas na Avenida Agenor Caldas, vinha o SR: Florzinha em disparada, um figuraça, Ubiracy Diabo com sua lambreta envenenada, a galera do Caixote que ficava também nas muralhas do Cine Clube caranguando, Samuel Bruce Lee com sua moto Trail, Bêo, Tunito, Titinho, Mariski, Banana, Índio, Lú, Zezinho Reni-Reni, Anselmo Colombina, Tatu, Omar Xerife, Borito, Pedro Cocada, Berebel, Paulinho Cogumelo, e outros mais, pois, a maioria já desencarnou pouquíssimos estão vivos para poderem relembrar essas estórias.
Na época das pipas quem reinava mesmo era Zalau e eu, pois, fazíamos só pipas lindas e cidade inteira parava para ver os cruzos, eu gostava de saltar minhas pipas no morro do Siqueira à pipa pegava muita altura e dava para cruzar com a cidade toda. Uma vez fiz um piaozão,quando a pipa é grande e rabiola é enorme,em escama de peixe,vermelha e branca,com uma rabiola enorme da mesma cor da pipa,fui para o morro Siqueira, quando olhei para o Estádio de Futebol nos Cajueiros avistei um piaozão estilo o meu,só tinha as cores diferentes,eram azul e branco,em escama de peixe,mas no mesmo estilo rabiola enorme também. Ele estava cortando todas as pipas até o Bairro Visconde de Araújo e eu cortando tudo até o Bairro do Miramar, e no final o cruzo da década Zalau e eu, a cidade parou, a garotada corria como um formigueiro, carros parando, bicicletas, motos, a cidade parou e no final eu cortei o piaozão do Zalau, e tinha um trato,quando um piaozão cortava o outro,depois o vencedor tinha que estancar o seu piaozão, estancar na gíria dos pipeiros é arrebentar a linha e deixar seu piaozão ao vento, em respeito para com o outro adversário, e ficava vendo aquele formigueiro de pessoas tentando apanhar o piaozão, era mais que um troféu, era a glória.
Como dizia o grande Ralph Waldo Emerson.
“A única maneira de ter um amigo é sendo um”
Alessandro Barreto.
Acadêmico de Direito da Universidade Cândido Mendes.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Acabou o milho acabou a pipoca 2

Acabou o milho acabou a pipoca 2.


Diante da grande repercussão da crônica Acabou o milho acabou a pipoca 1 relembrando estórias da nossa querida Macaé,vamos relembrar fatos da nossa infância,vamos falar do campinho de futebol da minha rua na Dr: Bueno,em frente a casa do Sr: Juarez Moreira o Zebê,pai deElton e André Luiz,existia um campinho de futebol,onde a rapaziada da rua jogava suas peladas e saía na rua do sacramento,hoje em dia existe um prédio. Na praça do LIONS,a famosa pracinha do L,na esquina existia um campinho de futebol,onde Garça,Luizinho bactéria,Minhoca,e Serginho Oliveira,o Sergio Cabelereiro vinha do Rio nas férias para jogar futebol com a garotada,hoje em dia existe um prédio de dois andares.Antigamente nossas mães mandavam a garotada comprar verduras frescas e cuidadas com muito carinho e sem agrotóxicos por um Sr: que ficava furioso se o chamassem de Camarão no Asilo da Velhice e levávamos para casa,era um verdadeiro hortifruti natural. Ao lado do Asilo existia um campo de futebol entre as esquinas da casa de Carlos Henrique Moreira o meu amigo Jarrão e o meu amigo Hércules Zarur, o Jarrão era o dono da bola, e uma vez não quis liberar a bola e correu para dentro de casa, o Serginho foi atrás, pulou o muro e invadiu a casa e o Jarrão para a surpresa geral pegou uma espingarda de chumbinho e começou a atirar no Serginho ainda bem que não acertou nenhum tiro nele. Dona Marli mãe de Jarrão penteava o cabelo dele até a subida do ônibus do SR: Getúlio o cabelo era estilo boi lambeu , ele ficava revoltado e ficava até a porta do ônibus penteando o cabelo dele,quando ele entrava, despenteava o cabelo todo,sua mãe ficava irada,uma vez o ônibus caiu dentro da vala.
A Imbetiba que a rapaziada chamava de Imbi, vivia cheia, o paredão não dava para pôr um copo de tanta gente, tudo girava na Imbi, praia de manhã e noite aquela zoeira. Quando DR: Renato estava construindo sua magnífica residência no morro do forte, a garotada sua empurrando suas bicicletas, e chegando lá em cima tirávamos os freios, para descer embalados, e quem conseguisse dobrar a casa de Carlos Alberto Peixoto, o nosso querido amigo KAKÀ Quilha, era muito respeitado, mas a maioria até pegar a manha, batia de frente no muro do quartel, quebrando braço e outros ossos, era pura diversão.
Na época dos Skates, o melhor era o Torlay e Kaká vinha de bicho da esquina do Bar Redondo dobrando na esquina do Hotel Panorama, a calçada era curtíssima, cerca de 40 centímetros para fazer a manobra, e o Kaká fazia mais tarde o Marcelo Terra arrendou um pedaço do Redondo e colocou uma pista de Skate com um Half Pipe. A noite a Imbi fervia de tanta gente, todos conhecidos, todos os amigos, na calçada do Bar Redondo ficava a rapaziada do bem, na outra esquina a rapaziada do mal, ficava sentada em frente à casa de Dona Maria Helena Carneiro da Silva, onde recentemente houve um assassinato da sua empregada, que chocou a nossa cidade, era conhecida como a esquina do Pecado. Quando chegava ás 22h era chegada a hora dos cavalos de pau,onde o saudoso Maurício Benjamim o Beija Mola para os íntimos,vinha em alta velocidade no fusca vermelho e dava um 360 graus,junto com Laércio no seu fusca laranja,Renato Galo Cego com seu fusca verde abacate, que capotou na curva da laranja na esquina de quem vai para a Avenida Agenor Caldas e o Leonardo Almeida para os mais íntimos Leôncio com seu fusca cinza,e Luiz Carlos Barbosa para os íntimos Loló com seu fusca marrom chocolate faziam a festa para a rapaziada.Uma vez estava eu cheirando uma lança perfume,quando a Circe me pediu para molhar o seu vestido,aproveitei a oportunidade para dar uma amassso nela,quando der repente aparece seu irmão o Leonardo Queixinho fantasiado de Pantaleão,um personagem que Chico Anízio interpretava na TV, o Léo me deu o maior flagrante,fiquei apavorado,pois estava com mal intenção com sua linda irmã,para minha surpresa ele me pediu um pouco de lança perfume e disse fique despreocupado meu irmão para meu alívio,que mais tarde foi minha namorada por muitos anos,para a inveja de muitas pessoas.
No carnaval existia o Bloco do Vizinho na Rua do Sacramento, a concentração era em frente à casa de Dona Ceni, mãe de Juca, Braulinho, Ana Lúcia, do lado da casa de Dona Carmem Garrido, mãe da nossa amiga Regina Garrido, em frente residia Dona Margarida esposa do DR: Luiz Gama pai de Eduardo, Fernando, Henrique e Augusto, ao lado residiam Dona Carmem e o Sr.Sílvio Lopes Teixeira ex prefeito de Macaé, pai de Aldo, Silvinho, Glauco e Robson. Na rua da igualdade saía o Bloco do Gargalo que Sidney,conhecido como Cidão organizava o bloco.
Uma vez o Dr. Luiz Gama pegou seu Dodge Dart verde quatro portas, colocou toda família dentro e saiu em disparada, chegando ao trevo avisou a sua esposa que seu pai tinha falecido, Dona Margarida começou a chorar, ele retornou para Macaé, e todos perplexos com aquela atitude ele disse... Só estou te preparando psicologicamente para quando ele falecer você agüentar a barra, ele era uma figura.
O bloco era dos vizinhos mesmo e o Cidão que arrumava tudo, desde a bateria até as roupas que iríamos desfilar. Não saía uma briga sequer,éramos uma grande família.
Quando Dr. Antônio Luiz E Dona Eni viajaram para a Europa, a residência localizada em frente a Praça Veríssimo de Melo, hoje em dia existe uma loja de móveis, o seu filho Antônio Luiz o Tuzica deu uma festa de arromba. Alvaci Lobo irmão de Carlos Eduardo Lobo o TING que seu pai Lenine tinha um Supermercado União, encheu a Kombi de meninas e foi aquele auê. Sonhinha Cavalinho descendo as escadarias da mansão ao som da pantera cor de rosa, fazendo streep tese rolou escada abaixo indo parar no hospital que era na esquina da mansão, uma hora depois, voltava ela sorridente e pronta para outra. O carnaval de Macaé era um dos melhores do Estado do Rio,vinha de Niterói o Bloco do Alcatraz comandados por Kojak um negro gente finíssima que era dono de um Estaleiro em Niterói,minhas primas de Nikity toas elas saíam nesse bloco,e minha casa parecia um hotel.O carnaval nessa época era na Avenida Agenor Caldas,onde a Escola de Samba Princesinha do Atlântico, com a majestosa Moema era a porta bandeira,a Escola de Samba Mocidade Independente dos Cajueiros do Sr. Fábio e Dona Dagmar mãe de Malaka,Batista,Nízio,Fatinha,Duca e Marquinho faziam uma grande festa em família e a famosa e minha querida Escola de Samba Acadêmicos da Aroeira arrebentava,foi quando avistei o meu grande amigo e carnavalesco Ely Perón desfilava imponente em cima de um carro alegórico,eu fiquei deslumbrado com a Aroeira,pelo luxo de suas fantasias,apesar de pular o muro da minha casa para ver os ensaios da Mocidade dos Cajueiros,ficava eu delirando,e sempre dizia que quando fosse adulto seria compositor e puxador de samba,meu ídolo era o Chandoca um negro Grandão e gordo que tinha voz brilhante,e depois tornei-me compositor e puxador mas de outra Escola a minha eterna Aroeira.
Depois os desfiles passaram a ser realizados na Avenida Rui Barbosa, conhecida como Rua Direita. Em 1985 estava eu no bar do meu saudoso pai,quando o Perón parou seu Chevette branco,e disse: Vc é o Barreto? Respondi sim sou eu mesmo, quero convidá-lo para participar do concurso de samba enredo da Aroeira vc aceita? Respondi na hora que sim,me entregou a sinopse e fiz um samba lindo,na época eu estava com 18 anos e morava na ZS zona sul da cidade,tirei em segundo lugar,que para mim foi uma vitória,em 1986 tirei segundo lugar novamente,já em 1987 consagrei-me campeão com um tema muito polêmico,o nome era Se vc pensa que cachaça é água,fiz uma paródia sobre o Papa que estava vendo uma suruba,aquilo rendeu pano para manga,tive que dar entrevista na radio,afirmando que o Papa não estava na suruba e sim vendo aquela orgia toda. Nesse mesmo ano a moda era o Top Less, e o irreverente e meu amigo Luciano Nunes Brochado, a Lucha, loira, linda, saiu em plena Rua Direita no carnaval da Aroeira de Bunda Less, na época foi um escândalo e ao mesmo tempo um sucesso, uma pena que perdi o meu samba para a Escola de Samba Império da Barra, justamente por minha letra ser mal compreendida pela sociedade. DR: Átila pai do meu amigo Jarrão, junto com o DR: Antônio Luiz pai do meu amigo Tuzica.com suas respectivas esposas me acompanhavam cantando meu samba, isso foi na concentração em frente ao Bar o Corujão, ainda mandei um abraço para eles que deliraram de tanta emoção.
Os bailes carnavalescos eram no Ypiranga, Tênis Clube e o melhor de todos era no Fluminense, onde existia uma casa antiga na esquina branca com janelas azuis, que se encontrava abandonada, onde depois do carnaval a rapaziada pulava o muro que era baixo para fazer saliências com as meninas.
Essa casa foi comprada e quebraram a casa toda,quando o meu amigo Xará marido da Heloísa fundou a XALOSI que hoje em dia existe o seu FLAT e algumas lojas em baixo,nessa época Xará trabalhava no BANERJ com sua gravata de crochê que era a moda da época, e meu amigo Marcos Shuenk, Luis Fernando Miranda e Márcio Rumo Errado. No Banco Real trabalhava Leonardo Machado, o Queixinho, Edílson Sousa Lima o Tatu e Marcos Sucena, o Marquinho Jacaré das gravatas de crochê que era a última moda da época.
Quando acabavam as férias, e o carnaval tínhamos que voltar para os estudos, era triste ter que acordar cedo para estudar. Quando eu estava saindo de casa,vinha o saudoso Sr.: Eraldo Mussi pai dos meus grandes amigos Marcelo Barata e Ivana Mussi com o seu Corcel zerado,do ano me oferecendo carona,eu ficava sem graça,pois,queria matar a primeira aula e o Sr.:Eraldo Mussi me deixava em frente ao Caetano Dias,eu fingia que entrava e direto para o Caixote que ficava atrás do Colégio.
Quando ia a pé, passava no Bar do Sr. Motinha perto do prédio dos 10 andares para comprar doces, nos finais de semana sempre tinha festa para irmos, sempre era no sítio do Max Barreto meu primo e amigo, lá todos se encontravam, a febre do momento eram os pilotos de helicópteros que as meninas logo se assanhavam para cima deles, e o Paulinho Godinho quando via um desses helicópteros sempre dizia... ainda vou pilotar um desses,e hoje me dia é um grande piloto. Nessa época existiam vários pilotos entre eles vários amigos como o Orlando Bareta, Marcos Baeta, Jairo, Rubens, Montoro e Paulão. As festas eram de arromba e só acabava quando aparecia o sol.
Teve uma festa na casa do Celminho da loja o Balaio, onde as melhores e mais lindas mulheres estavam presentes, foi um ano novo daqueles marcantes, a Maristela Enne, irmã do Guilherme, Soraya e Alexandre estava divina, parecia Ava Gardner, aliás, hoje em dia está linda de deixar cego até o Super Man. Recentemente a encontrei no posto de gasolina mais ou menos um mês atrás, e não acreditei que aquela pintura estava sorrindo para mim,de cabelo curto negro e sorrindo,estava eu enchendo o pneu da minha bicicleta antiga uma HERMES de 1946, demorei em reconhecê-la, está mais linda que nunca. Falando no Perón seus marcantes desfiles da sua loja Página Dupla que funcionava no Shopping 300,entre elas Soraya Tanus Vânia Bandeira,Lolóia e cia ltda.Os homens, Leonardo Machado, Frederico Guedes, Adriano Marques, Márcio Gonçalves e Alexandre Marinho levou um tombo no desfile na Rua da Igualdade no desfile da antiga Malharia Monviso.Creio que escrevi demais e se esqueci de outra estória, se por acaso lembrar farei um novo Acabou o milho acabou a pipoca 3.
Como diz um velho ditado mulçumano.
“ O tempo é como um rio. Você nunca poderá tocar a mesma água duas vezes,porque a água que passou nunca passará novamente”

Alessandro Barreto.
Acadêmico de Direito da Universidade Cândido Mendes.